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Meditação matinal 17/10/2010

17 de outubro Domingo


A morte da mulher amada


Filho do homem, Eu vou lhe tirar a esposa que você tanto ama. Ela vai morrer, de repente. Apesar disso, você não vai chorar por ela em público, nem vai se lamentar ou derramar lágrimas por ela. Ezequiel 24:16, BV

No Antigo Testamento Deus provou várias vezes a fé dos Seus profetas, dando-lhes ordens aparentemente absurdas. No caso de Abraão, por exemplo, Deus mandou que ele sacrificasse Isaque, o filho da promessa. Abraão se dispôs a obedecer, e na hora “H” Deus salvou Isaque de ser imolado. A fé de Abraão fora provada sem derramamento de sangue.

Ao profeta Oseias Deus ordenou que ele se casasse com uma prostituta, e o profeta obedeceu. A Ezequiel Deus ordenou que ele não lamentasse a morte da esposa, “a delícia dos seus olhos” (24:25), a qual morreria de repente. Em todas essas ordens, que devem ter parecido incompreensíveis a princípio, havia lições espirituais que Deus queria transmitir, ou ao próprio profeta, ou ao Seu povo.
Ezequiel anunciou a mensagem do Senhor ao povo pela manhã, e na tarde daquele mesmo dia sua esposa faleceu. “A experiência de Ezequiel forçosamente ensina a lição de que o estar envolvido na obra do Senhor não significa estar isento de sofrimento e calamidade. Às vezes, parece que os mensageiros de Deus são mais ferozmente atacados do que outros, que não estão ativamente envolvidos no serviço cristão. Essas tragédias não devem ser consideradas juízos divinos. Elas são obra de Satanás. Mas quando o inimigo aflige, Deus Se deleita em transformar a aflição em bem” (SDA Bible Commentary, v. 4, p. 662).

Ezequiel seguiu à risca as instruções divinas, e embora amasse profundamente a esposa, não fez a lamentação costumeira. Sofreu calado. O povo achou isso estranho e lhe perguntou o significado daquela atitude. Por que ele não chorava nem se afligia como todo mundo? Sua conduta era considerada impiedosa.

Então Ezequiel explicou que sua mulher representava o Templo, “a delícia dos olhos” deles, o qual seria profanado, isto é, destruído pelos caldeus, e seus filhos e filhas seriam mortos. E da mesma maneira como ele não chorou em público pela esposa, eles também não deveriam lamentar publicamente a destruição do Templo. Antes, deviam chorar pelos seus pecados.

Ezequiel encenou uma parábola viva, cumprindo as ordens divinas nos mínimos detalhes, e nos deixando um exemplo de fidelidade.

Fiquem com Deus!

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