Pular para o conteúdo principal

Meditação matinal 02/11/2010

1º novembro Segunda


O pôr do sol não é o fim


Nunca mais se porá o teu sol, nem a tua lua minguará, porque o Senhor será a tua luz perpétua, e os dias do teu luto findarão. Isaías 60:20

“Apagou-se o Sol”, declarou um jornal, ao noticiar a morte de Rui Barbosa. Apagara-se o gênio fulgurante que, com tanto brilho, havia iluminado aquela geração.

Em certo sentido, o Sol continua apagando-se diariamente para muitas pessoas ao redor do mundo. Cada vez que morre um ente querido, tenha ele sido brilhante ou não, o Sol se põe nos horizontes da família enlutada. Seu desaparecimento deixa-lhes na alma um vazio tão grande quanto o amor que lhe devotavam.

Foi o que sentiu dona Sara, mãe de Danilo. O rapaz, seu único filho, perecera afogado, aos dezessete anos de idade, numa trágica tarde de Natal. Dona Sara, despreparada para tal separação prematura, recusou-se a aceitar a realidade. De nada adiantaram as palavras de simpatia e solidariedade dos amigos. Não havia quem a consolasse.

Após o sepultamento, a pobre mãe passou a viver imaginariamente em companhia do filho querido. Todas as manhãs, bem cedo, ia ao quarto do jovem, debruçava-se sobre a cama em que o filho costumava dormir e exclamava com o mesmo amor maternal de sempre:

– Danilinho, está na hora de levantar. Vamos, senão você vai chegar tarde à escola.

Esperava, então, alguns momentos – o tempo que o filho costumava gastar para dar um último bocejo, espreguiçar-se e levantar – e prosseguia:

– Que roupa você quer vestir hoje? Prefere o blusão de couro? Acho que combina com as calças de brim, não é?

O filho, porém, alheio ao que se passava no mundo dos vivos, não podia responder. Jazia no pó da terra, dormindo o sono da morte. Seus pensamentos haviam perecido com ele e já não tomava parte em coisa alguma do que se faz debaixo do Sol.

As Escrituras ensinam que a morte é um sono (Jo 11:11, 12, 14), e que os mortos nada sabem (Ec 9:5, 6). Há uma esperança, porém. A Palavra de Deus afirma que, um dia, todos os que estão nos sepulcros ouvirão a voz de Cristo, “e os que tiverem feito o bem, [sairão] para a ressurreição da vida” (Jo 5:28, 29).

O momento de garantir a vitória sobre a morte é agora, enquanto há vida. E essa vitória só pode ser alcançada mediante Cristo, o Doador da Vida: “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1Jo 5:12).

Ninguém, pois, precisa mergulhar em trevas, ao contemplar a morte. Além das negras nuvens brilha o Sol. E além da escura morte está Jesus, o Sol da Justiça, que dentro em pouco chamará os que O amaram para Sua maravilhosa luz.




2 de novembro Terça


Um belo funeral


Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá. João 11:25

Nunca vi alguém chegar de um funeral e exclamar: “Olha, esteve ótimo. Você não sabe o que perdeu!” Os funerais são sempre tristes, deprimentes. Especialmente quando o morto é uma criança ou jovem. As Escrituras Sagradas, entretanto, registram o caso de um funeral maravilhoso, que começou mal, mas terminou muito bem:

“Logo depois, Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e com Ele iam os Seus discípulos e uma grande multidão. Ao se aproximar da porta da cidade, estava saindo o enterro do filho único de uma viúva; e uma grande multidão da cidade estava com ela. Ao vê-la, o Senhor Se compadeceu dela e disse: ‘Não chore’. Depois, aproximou-Se e tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Jesus disse: ‘Jovem, eu lhe digo, levante-se!’ O jovem sentou-se e começou a conversar, e Jesus o entregou a sua mãe” (Lc 7:11-15, NVI).

O funeral começara mal, como sempre, isto é, com pranto e lamentação, especialmente por parte da mãe, viúva, que perdera seu único filho. E não há nada mais doloroso do que perder um filho, especialmente se é o único.

A viúva e mãe estava desesperada. Já era a segunda vez que passava por essa experiência. Anos antes sepultara o marido, e fora com grande sacrifício que criara o filho. Mas valera a pena, pois ele se tornara um excelente rapaz. Era sua única esperança de dias melhores. Mas agora ele se fora. Quem proveria o sustento da velha mãe?

Como preparativo para o sepultamento, enrolaram o jovem em um lençol de linho e o depositaram numa espécie de padiola de vime. À tardinha, saiu o cortejo. Haviam acabado de atravessar o portão da cidade, quando se encontraram com outra multidão, alegre, animada, por ter consigo a Jesus, o Doador da Vida. E assim a Morte se encontrou com a Vida, naquele entardecer.

Ao ver aquela mãe alquebrada pelo sofrimento, Jesus Se compadeceu dela e lhe disse: “Não chore.” Palavras estranhas para serem ditas em tal ocasião. Mas Jesus disse isto porque sabia o que ia fazer. Ao tocar Ele o esquife, o cortejo parou. O ambiente ficou tenso. Então, em meio ao silêncio, ouviu-se a poderosa voz de Cristo: “Jovem, Eu lhe digo, levante-se!”

A multidão ficou arrepiada de espanto. O morto piscou os olhos e se levantou. Mãe e filho se abraçaram. As lágrimas de aflição se converteram em lágrimas de alegria e gratidão.

Não foi este um belo funeral? Começou com choro e tristeza, mas terminou com alegria e riso. E assim será quando Jesus voltar: os que dormiram em Cristo se erguerão da sepultura para abraçar os entes queridos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Armas, politicos e afins!

Hoje li um texto do meu amigo Gollum ( http://nadasobremuito.blogspot.com/ ) sobre armas e resolvi colocar outro ponto de vista. Que nossos políticos só fazem algo em causa própria até minha vó morta há 32 anos sabe disso, mas o debate de se liberar ou não a venda de armas não pode se restringir a "honestidade" de nossos representantes. Tenho certeza que proibindo venda de armas não diminuirá os crimes, nem as mortes causadas pelos mesmos, mas diminuirá os acidentes. Não vejo a proibição do comércio de armamentos de fogo como um passo para acabar com a criminalidade, mas como um passo para diminuir algo que pode ser evitado, mas muitas pessoas por N motivos tendem a se esquivar da sua responsabilidade. O assaltante vai continuar armado, assim como a nossa força policial - em sua maioria corrupta - e também os nossos políticos. Mas diminuirá a chance do meu filho pegar uma arma que escondo (não tenho arma, e nem quero ter, é só um exemplo) e atirar em um amiguinho porque ...

Promessas de ano novo

Todos os anos ao seu final, sempre pensamos no que queremos mudar em nossas vidas para o próximo. E normalmente, essas promessas duram um mês mais ou menos. Usamos as mais variadas desculpas, mas as promessas são na verdade sonhos que gostaríamos que se realizassem, e eles nem sempre se realizam. Para que as promessas/sonhos possam ser cumpridos temos que ter os pés no chão. Se somos totalmente sedentários, não adianta colocar como meta fazer exercícios pois será difícil de ser cumprida. É melhor colocar que pretende ser menos sedentário, pois se vc , que não fazia nada, começar a fazer uma caminhadinha de vez em quando, já terá cumprido. Tem uma música do cantor britânico Jamie Cullum que retrata bem essas promessas que a gente acaba fazendo na virada do ano: Tradução: Ano Que Vem, Baby Ano que vem As coisas irão mudar Vou beber menos cerveja E começar tudo de novo Vou ler mais livro Vou acompanhar as notícias Vou aprender a cozinhar E gastar menos ...

A Justiça brasileira é como eu, quase cega!

Antes de mais nada, quero dizer que esse texto será longo. E se por acaso você for um brasileiro padrão, é melhor ler suas mensagens do Twitter, pois lá são apenas 140 caracteres e não vão tomar o precioso tempo de uma pessoa ocupada como você!!!! Voltando ao blog depois de um tenebroso inverno, vou comentar um assunto que está em voga atualmente. O Rebaixamento do campeonato brasileiro de 2013. Quem me conhece, e me atura, sabe que adoro teorias conspiratórias, e que acho que tudo está perdido no nosso país. E com esse episódio do rebaixamento do CB 2013, é prato mais que saboroso pra mim. Vejamos o porquê: 1º Com dois clubes cariocas praticamente rebaixados, já era esperado (pelo menos por mim) alguma manobra fora da lei para que isso pudesse ser evitado. Quando ocorreu a briga entre torcedores do Vasco e Atlético-Pr, pensei que já tinham a brecha para puxar o tapete e virarem a mesa. 2º Com times menores como a Portuguesa e o Criciúma logo acima dos times cariocas...